Como é Na Prática a TCC (os 2 pontos objetivos da terapia cognitiva comportamental)

Você sabia, que a TCC é uma das psicoterapias mais pesquisadas e procuradas atualmente? Hoje vamos falar sobre o que ela significa e os diferencias de ajuda no tratamento da saúde mental. Veja o artigo!

A TCC nos demonstra a sua eficácia com os mais variados transtornos, como o transtorno de ansiedadetranstornos depressivos, transtornos da personalidade, a bipolaridade e diversos outros transtornos que nós encontramos no DSM-V (manual de Transtornos Psiquiátricos) usado por profissionais de saúde e utilizado como base.

A comparação da eficácia da TCC com uso de medicamentos e outras formas de tratamento também já foi feita e diversas vezes demonstram que a TCC, não fica tanto para trás de nenhuma outra forma de tratamento.

Muitas vezes, ela supera a eficácia também de qualquer outra terapia, nos problemas e dificuldades do dia a dia que, não necessariamente, estão relacionados com algum transtorno específico ou transtorno psiquiátrico.

Transtornos, que, aliás, também conseguem o seu espaço nos atendimentos psicoterápicos pela TCC.

O seu método de trabalho funciona tanto para transtornos psiquiátricos como para comportamentos disfuncionais e pensamentos recorrentes que todos possuem e que podem trazer prejuízo ou sofrimento significativos


Leia também:

    TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

    COMO A TCC LIDA COM AS EMOÇÕES?

    Para a TCC de uma maneira bem resumida, o indivíduo se relaciona com o mundo se baseando nas experiências passadas que ele teve.

    Tudo o que nós aprendemos que vivemos, seja algo positivo, algo negativo, ajudam no desenvolvimento das nossas crenças centrais ou crenças nucleares.

    Essas crenças centrais são formados nas primeiras experiências e depois são fortalecidas conforme nós vamos tendo experiências que se relacionam com as anteriores.

    Por exemplo, se eu tenho alguém que cobrava muito o meu desempenho durante a minha infância, (quando ainda eu não me valorizava ao obter um resultado positivo) eu posso desenvolver uma crença de que “não sou bom o suficiente, que eu sou incompetente ou que eu sou burro”.

    Depois que essa crença está formada com uma parte normal da vida, certamente vou ter outras experiências que se relacionam com essa crença.

    Por exemplo, se for um pouco mais no futuro, vamos supor que a crença que eu tenha formado lá no passado, seja a de que eu sou realmente burro, eu posso estar na faculdade e em uma determinada prova eu posso tirar nota 8.

    Se pensarmos de uma maneira objetiva, que a média sendo 5 na faculdade, o 8 é uma boa nota, mas como eu tenho uma crença de ser burro, é possível que eu não valorize esse resultado.

    Nesse caso, posso acabar dizendo, “nossa, eu deveria ter tirado 10. Nossa, como eu sou burro”.

    Posso até mesmo, desvalorizar a minha capacidade, dizendo que “eu tirei essa nota porque, na verdade, a prova estava fácil”.


    AJUSTANDO OS PENSAMENTOS FUNCIONAIS

    Independente de qual pensamento eu tenha, se forem nessa linha, em que citei, essas experiências fortalecerão a minha crença de ser burro.

    Por isso é tão difícil de nos livrarmos de crenças disfuncionais.

    Mesmo tendo vivências contrárias a elas, nos esforçamos para provar que elas estão corretas e por conta disso, o processo terapêutico da TCC precisa ser ativo, consciente.

    A ajuda de um profissional experiente, é o que vai te ajudar a ver as coisas com um olhar mais neutro e mais sincero também.

    A maioria de nossos pensamentos disfuncionais fortalecem as nossas crenças e os nossos comportamentos de segurança, nos impedindo de desafiá-las, e aí elas acabam se mantendo por mais tempo.

    Nota importante:

    Ao final desse artigo, comente se você consegue perceber isso acontecendo na sua vida. E se já conseguiu identificar em quais as suas crenças centrais mais disfuncionais; as que te atrapalham, que te causam sofrimento e prejuízo.

    Deixa também se você já buscou algum tratamento para lidar com suas crenças e se esse tratamento te ajudou.

    O TCC, NA PRÁTICA

    Tendo como base então a formação e o fortalecimento das nossas crenças centrais, nós utilizamos esse conhecimento para lidar com qualquer dificuldade ou transtorno que o paciente ou cliente apresente.

    Independente da nossa dificuldade ou transtorno, os nossos pensamentos e comportamentos são os verdadeiros vilões.

    Nós podemos falar isso dessa maneira, porque são eles que nos causam todo sofrimento desnecessário que vivemos e nos mantêm andando também em círculos ou em uma espiral para baixo, piorando os nossos problemas.

    A TCC busca auxiliar o (a) paciente, primeiro identificar os seus pensamentos que desencadeiam todo o processo de reações disfuncionais, em seguida, os comportamentos que mantêm os seus pensamentos e crenças disfuncionais.

    Quando esse cliente aprende a fazer essas identificações, podemos começar a trabalhar com isso.

    O trabalho começa com uma atitude ativa para avaliar os pensamentos disfuncionais e encontrar respostas alternativas que sejam mais funcionais.

    Essas respostas podem ser com evidências, que contrariam o pensamento, ou aprendendo a aceitar a presença do pensamento, ou o seu significado.

    Quando nós falamos de pensamentos, que no fim das contas são verdadeiros, e aí não tem muito o que fazer; só precisa aceitar.

    A RESPOSTA INICIAL DA TCC

    Só com essa prática de responder de uma maneira mais funcional os pensamentos exagerados e/ou disfuncionais, já ajuda na melhora de grande parte dos sintomas, do sofrimento também e do prejuízo que o(a) paciente tem, nem que seja só um pouco, mas já ajuda.

    Quando começamos a fazer essas avaliações, podemos perceber que alguns pensamentos disfuncionais, que no fim das contas como já disse são verdades e por mais evidências que nós lutemos contra eles, não podemos contradizer, não tem o que fazer, digamos assim:

    Exemplo: Eu posso pensar que eu sou incapaz de gravar um vídeo, isso pode ser verdade.

    Eu posso realmente não saber como fazer um vídeo, com isso, eu preciso aprender a aceitar essa realidade e seguir com a minha vida.

    Ou, se precisar gravar um vídeo, por qualquer motivo que seja, eu posso também aprender a fazer isso.

    Mas, só que antes disso, eu preciso entender que eu realmente não consegui aceitar ainda, uma ou outra das opções.

    Essa parte entra na estratégia de resolução de problemas que é ensinar o (a) paciente a resolver problemas “com ele mesmo” seja por não aceitar a realidade ou, por não saber como começar ou por onde começar.

    o caminho da terapia

    Depois que conseguimos trabalhar os pensamentos, conseguimos que as reações não sejam tão disfuncionais.

    As suas emoções negativas e sensações físicas ficam menos intensas, duram por menos tempo, porque não tem ali o pensamento alimentando aquilo.

    Portanto, seus comportamentos são mais questionados também antes da sua execução e podem nem mesmo acontecer porque o indivíduo começa a mudar.

    É como se ele aumentasse a distância de pensamento e reação, e fosse um pouquinho maior, onde dá um tempo para ele falar “calma aí”, talvez eu não precise me comportar dessa maneira.

    Isso tudo acontece porque entendemos que os nossos pensamentos não são “fatos”e sim “ideias”.

    E como todas as ideias podem ser desafiadas e levadas a um escrutínio em busca da realidade, simultaneamente, descobrimos que eles não possuem toda a força que acreditamos que eles possuem e que muitas vezes eles não precisam ser levados a sério.

    Na verdade, na maioria das vezes eles não precisam ser levados a sério porque eles são ideias.

    Essa reestruturação cognitiva, que basicamente é uma mudança de atitude perante os nossos pensamentos, como eu já disse anteriormente, ajuda muito no processo e essa é a parte principal do processo terapêutico da terapia cognitivo comportamental.

    Os ajustes da tcc

    Mesmo assim, alguns comportamentos ainda podem se manter, principalmente, com os chamados comportamentos de segurança.

    Esses comportamentos podem parecer inofensivos inicialmente, mas quando os analisamos mais profundamente, além de manterem o cliente/paciente em seu transtorno ou dificuldade, eles podem causar uma piora e às vezes uma piora bem significativa.

    Como, por exemplo, no caso de pessoas com transtorno do pânico.

    Tais pessoas, têm um comportamento de não sair de casa e podem acabar desenvolvendo uma agorafobia.

    Além de trabalharmos com os pensamentos, os comportamentos de segurança também são trabalhados.

    Assim, começamos identificando neles, o motivo deles existirem e quais as desvantagens no curto, médio e longo prazo de continuarem tendo esses comportamentos.

    Depois disso, entramos num processo de evitar o uso desses comportamentos.

    Seja pelo controle do que causa esses comportamentos, ou seja, pelo uso de uma regulação emocional ou uso de outro comportamento mais funcional.

    Um bom exemplo: uma distração para mudar o comportamento em outro comportamento, ou passar um feedback de que outro comportamento é melhor e aquilo vai ajudando a mudar o comportamento disfuncional.

    Quando fazemos todo esse processo, o (a) paciente aprende então a lidar melhor com todos os seus pensamentos disfuncionais, evitando reações disfuncionais e, simultaneamente, aprendendo a evitar comportamentos que mantém o transtorno ou podem piorar a sua situação.

    Com a prática dessas atitudes ativas e conscientes, ele(a) desenvolve as habilidades essenciais da TCC onde ele (a) tem uma alta declarada além de conquistar uma melhora duradoura.

    Pontos fortes da tcc

    É importante falar que a TCC possui, sim, uma taxa de recaída e como todas as outras formas de tratamento.

    Entretanto, ela apresenta uma taxa menor do que a maioria das terapias.

    Por quê? Porque o(a)paciente aprende a lidar com seus pensamentos e dificuldades, aprendendo fazer isso tudo sozinho.

    Ou seja, ele (a) não precisa da terapia para sempre.

    Todo o processo de avaliação do pensamento e as dificuldades que aparecem ao se fazer a reestruturação cognitiva ou a evitação do comportamento de segurança; para tudo isso é necessário a ajuda de um profissional especializado.

    De preferência, um profissional de saúde mental, experiente, que saiba direcionar o(a) paciente para as questões, as respostas e os comportamentos corretos.

    E aí, o que você achou dessa explicação de como a TCC funciona?

    Comente este artigo, deixe a sua opinião ou sugestões para melhorar o nosso site e assuntos abordados.

    Você também pode encontrar conteúdos didáticos em psiquiatriadrjefferson.com

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    Sobre a Psiquiatria Dr Jefferson

    Artigo postado inicialmente em: Clínica de psicologia e psiquiatria zona norte SP – Serviços especializados em saúde mental com profissionais especializados

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