Terapia Cognitivo Comportamental | As 5 técnicas mais importantes da TCC

Você sabe o que é terapia cognitivo comportamental (T.C.C.) e como funciona? Nesse artigo você vai conhecer os 5 pontos determinantes dessa técnica, e como ela se destaca na ajuda às pessoas.

De uma maneira geral, não é só pessoas com alguma doença que devem procurar a Psicoterapia.

A Psicoterapia possui vários tipos de abordagens, portanto ela serve para todos.

A T.C.C. ou terapia cognitivo comportamental, é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de conceitos.

Ela entende como o ser humano interpreta os acontecimentos, ou seja, como cada pessoa vê, pensa e sente com relação a uma situação que causa desconforto, incômodo, dor, tristeza, ou qualquer outra sensação negativa.

Essa abordagem é bastante específica, clara e direta; ela é utilizada para tratar diversos transtornos mentais de forma eficiente.

QUAL O OBJETIVO DA TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Seu objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos na origem dos problemas, indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas percepções de forma positiva.

Portanto, A T.C.C. (Terapia Cognitivo Comportamental) se destina ao tratamento de diferentes transtornos Psiquiátricos, Psicológicos e Emocionais como a ansiedade, depressão, pânico, transtornos alimentares e psicossomáticos, fobia, traumas, dependência química, entre outros.

Além disso, a terapia cognitivo comportamental auxilia nas diversas questões que envolvem a nossa vida na totalidade: dificuldades nos relacionamentos, escolhas profissionais, luto, separações, perdas, stress, dificuldades de aprendizagem, desenvolvimento pessoal e muitos outros.

O objetivo principal da TCC é mudar sistemas de significados dos (as) pacientes para alterar as suas emoções e comportamentos em relação às situações.

Na terapia cognitivo comportamental, durante as sessões o (a) profissional vai identificando sentimentos, comportamentos e pensamentos e encontra alguns padrões que determinam crenças e percepções para cada experiência vivida.

Diante dos padrões mal adaptativos e disfuncionais de pensamentos, cabe ao profissional auxiliar o (a)paciente a encontrar novas possibilidades de pensamentos alternativos e mais funcionais, que possibilitem uma boa adaptação à sua realidade social.

Isso é feito a partir da determinação de um foco e metas para que com o tempo ele (a) adquira a sua autonomia e possa lidar com as questões por conta própria.

Esta é a reestruturação cognitiva e comportamental que dá nome a abordagem.

5 pontos da tcc que mais contam

Os 5 pontos determinantes da compreensão e atuação da tcc são:

  1. Ambiente ou situação onde ocorre o problema.
  2. Pensamentos e sentimentos envolvidos no problema.
  3. Estado de humor e emoção resultantes.
  4. Reação física.
  5. Comportamento.

Um exemplo simples e comum é quando você vai fazer alguma reunião com colegas de equipe de trabalho ou vai expor uma matéria, fazer alguma colocação ou alguma exposição, um trabalho em grupo; você fica responsável pela exposição e transmissão do conhecimento ou do trabalho.

Porém, antes de começar já te dá um branco na mente e começa a criar cenários mentais negativos que nem aconteceram ainda.

Cenários podem ser: acreditar que ninguém irá gostar da sua apresentação, se sentir que ficará nervoso, suando, gaguejando, que falará algo de errado e passará vergonha.

São essas percepções que acabam gerando comportamentos negativos e criando situações desconfortáveis.

Como geralmente isso já vem acontecendo há muito tempo, te causa hábito mesmo sem a sua vontade.

Isso não significa que apenas adquirindo pensamentos positivos, as situações serão diferentes.

É preciso olhar para cada uma delas em particular de forma mais profunda e complexa, compreendendo os padrões de percepção e comportamentos já enraizados em cada pessoa.

Nesse caso, a solução é desconstruir esses pensamentos, gerando uma flexibilidade de quando o pensamento, a emoção e o comportamento estão em equilíbrio.

Certamente, é muito mais fácil agir de forma consciente e sem prejuízos.

Para isso, é preciso saber distinguir os sentimentos da própria realidade, entendendo como um influencia o outro e avaliando de forma crítica a veracidade dos pensamentos automáticos.

Com isso, é possível desenvolver habilidades para perceber quando essas suposições aparecem, interrompendo e modificando suas consequências.

AS 5 TÉCNICAS MAIS IMPORTANTES DA terapia cognitivo comportamental

  1. Reversão de hábitos para aumentar a percepção do paciente. Sobre cada episódio que traz desconforto gerar a capacidade de interromper isso com a resposta mais adequada.
  2. Aumentar a consciência para identificar os fatores desencadeantes e as sequências de acontecimentos associados com determinado sintoma ou comportamento.
  3. Monitoramento e registro de cada ocorrência. Anotar informações como dia e hora, localização, pensamentos, sentimentos e emoções que podem ser úteis ao tratamento.
  4. Controle de estresse ensinando maneiras eficientes de respiração, relaxamento muscular e técnicas cognitivas para ajudar o controle da angústia.
  5. Prevenção de recaídas ensinando o (a) paciente a lidar com os fatores que desencadeiam situações negativas.

Para quem possui o diagnóstico de problemas psicológicos, serão normalmente realizadas entre 10 e 20 seções de terapia cognitivo comportamental.

Para cada perfil de paciente serão aplicadas técnicas diferentes no tratamento em curto tempo de duração e ação de forma prática para melhorar comportamentos e específicos com eficácia comprovada na resolução de problemas.

Estes, são os principais fatores que fazem com que esse tipo de abordagem seja um dos mais procurados atualmente.

A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL NOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS

Quanto aos Transtornos Psiquiátricos o número de sessões são maiores.

Na terapia cognitivo comportamental a relação entre paciente e profissional deve ser de colaboração mútua, a eficácia do tratamento se dá, na maioria, pela qualidade desta relação.

É o bom vínculo que impulsiona o (a) paciente a manifestar melhor os seus sentimentos durante a sessão, por isso é tão importante encontrar um (a) bom (boa) profissional perto de você.

A importância da terapia cognitivo comportamental vai além de se conhecer melhor, pois implica mudanças de comportamento, assim entendendo como uma solução para a construção de um mundo melhor.

A desconstrução dos pensamentos automáticos que levam aos comportamentos e sentimentos inadequados sozinha não é suficiente para a extinção de resposta disfuncional.

A análise funcional das crenças nucleares, os conceitos mais primários, construídos e fortalecidos durante a vida, é uma ferramenta importante, uma vez que as crenças nucleares disfuncionais podem permanecer latentes e ressurgirem em novos eventos futuros.

Daí porque muitos críticos da terapia cognitivo comportamental não aprovam a abordagem como uma psicoterapia efetiva ao longo da vida do (a)paciente.

OBS. A matéria sobre crenças nucleares será editada na próxima postagem.

A terapia cognitivo comportamental EM DETALHES | O MODELO COGNITIVO

Nesse artigo veremos a terapia cognitivo comportamental de maneira mais profunda com mais detalhes, citando alguns exemplos de como é a sua estrutura na sessão, em que ela se baseia e isso é chamado de modelo cognitivo.

Esse modelo cognitivo é basicamente assim, normalmente é quando a  pessoa pensa que as situações causam nela as suas emoções, as suas alterações emocionais e de humor.

Só que o modelo cognitivo mostra que, na verdade, entre a situação, a emoção e o comportamento existe um pensamento.

Então o modelo cognitivo é uma situação que leva a um pensamento e esse pensamento vai levar então a causar uma reação na pessoa;  uma reação emocional, comportamental e reações fisiológicas (alterações no corpo).

Esses pensamentos são chamados de pensamentos automáticos.

São pensamentos que simplesmente aparecem na nossa cabeça e que em determinada situação desaparecem.

São pensamentos rápidos, involuntários, e eles podem ser frases ou imagens, nós lembramos algo e vem uma imagem ou uma frase a respeito daquela situação.

Eles podem ser tão rápidos que às vezes não nos damos conta deles, nós não percebemos eles.

Então, todo mundo tem esses pensamentos automáticos.

O problema é que quando as pessoas têm alguma dificuldade psicológica ou algum transtorno psicológico, esses pensamentos automáticos são disfuncionais.

Que levam então a reações disfuncionais; a uma emoção disfuncional, a um comportamento disfuncional e uma reação fisiológica disfuncional.

Quando nós percebemos exclamamos “nossa”!  eu estou um pouco mais triste hoje, um pouco ansioso(a).

Entretanto, nós não percebemos o porquê disso, os pensamentos, ou nós percebemos mudanças no nosso comportamento.

Já no corpo, o coração é afetado, pois começa a bater mais forte, mais rápido, a suar e a TCC baseada no modelo cognitivo  ajuda justamente nisso.

A pessoa, além de identificar mudanças na emoção, também ela irá aprender a identificar os seus pensamentos, os pensamentos que levaram as ações, e os pensamentos automáticos disfuncionais que levaram as ações.

Então ela (TCC) ajuda a pessoa a identificar os pensamentos, avaliá-los e a responder esses pensamentos de uma maneira mais funcional para que ela tenha uma reação mais funcional e saudável.

TÉCNICAS DE ABORDAGEM DA TCC

A terapia cognitivo comportamental é uma abordagem muito ampla, ela normalmente pode utilizar certa forma técnicas de outras abordagens, como, por exemplo, ela utiliza dramatizações (psicodrama) .

Ela utiliza técnicas de análise comportamental e diversas técnicas diferentes de  abordagens.

Tudo para poder ajudar a pessoa, a conseguir identificar,  avaliar e  responder os seus pensamentos e reações disfuncionais de uma maneira mais funcional e mais saudável.

Através de diversas pesquisas a terapia cognitivo comportamental demonstrou ser muito eficaz tanto em Transtornos Depressivos quanto os Transtornos Ansiosos que são:

Outros exemplos de uso da terapia cognitivo comportamental

A terapia cognitivo comportamental, se demonstrou também muito mais eficaz quando associada a medicamentos, para ajudar os (as) pacientes a lidar de uma maneira mais saudável com os seus transtornos.

Outros exemplos ainda com resultados benéficos é na ●Esquizofrenia, ●Transtornos de humor ●Bipolaridade.

A TCC pode ajudar a pessoa com um Câncer ou com uma Doença Terminal a enfrentá-los(as), e ter uma vida com uma maior qualidade, porque ela vai conseguir fazer com que a pessoa enxergue as coisas de uma maneira melhor.

Um objetivo muito comum da TCC é fazer com que o (a) paciente se torne, de certo modo, seu (sua) próprio (a)terapeuta e fazer com que ele saia da Terapia.

Deixando assim, de ser dependente, e sabendo lidar melhor com todas as situações das mais variadas possíveis, não necessitando assim, de uma terapia para sempre.

Desse modo, ele (a) aprende a lidar com as suas dificuldades e pensamentos disfuncionais de uma melhor maneira, além de conseguir dar esse passo em todas as áreas da sua vida.

Diferenças nos tratamentos

Quando nós não temos o costume de identificar os nossos pensamentos, poderemos às vezes confundi-los com as emoções.

Então, por exemplo:  pensamentos  normalmente são apenas  ideias e expressados com várias palavras como, por exemplo: eu não consigo fazer nada certo, eu nunca vou melhorar, as pessoas podem me julgar, etc.

Isso são frases normalmente ideias que são expressas em várias palavras.

Sentimentos ou emoções, são expressos normalmente como uma palavra.

Então, outros exemplos, quando a pessoa está triste, desapontada, chateada, ansiosa, preocupada, raivosa, irritada, enciumada, invejada, culpada, envergonhada.

Essa é uma diferença básica entre o Pensamento e a Emoção.

Isso pode parecer meio bobo, mas normalmente às vezes, como nós perguntamos ao paciente como eles se sentiram em uma determinada situação?

Às vezes eles dão como resposta um pensamento ao invés de uma emoção.

Então, por exemplo, às vezes nós perguntamos, nossa, mas como você se sentiu naquela situação específica?

Resposta: “nossa”! eu senti que foi injusto.

Isso, na verdade, é um pensamento “isso é injusto”; e baseado nesse pensamento, se questiona então como que o (a) paciente se sentiu emocionalmente, e dessa maneira então se ensina a identificação correta entre pensamentos e  emoções, quanto a essa diferenciação.

QUANDO OCORREM OS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS

Os pensamentos automáticos normalmente podem aparecer em diversas situações diferentes:

Veja 3 exemplos:

  1. Frente ao evento, então assim no momento quando a pessoa está presente naquele evento, naquela situação.  
  2. Quando a pessoa está fazendo uma reflexão sobre uma situação passada, ou sobre um pensamento num futuro incerto, ou num evento futuro que pode acontecer. 
  3. Quando é um julgamento de qualquer parte do modelo que eu ganho, tipo, o que seria isso? Por exemplo, às vezes uma pessoa pode estar com raiva e falar …eu estou com raiva, aconteceu uma situação, eu tive um pensamento automático daquela situação de exemplo que isso não pode acontecer.

Não deveria ser assim, desrespeito e fica com raiva, não é?

E muitas vezes, então, essa raiva pode gerar outros pensamentos disfuncionais.

Então, por exemplo, essa raiva incentiva a pensar, “nossa”!, eu não deveria estar pensando assim, eu não posso pensar assim.

E nisso, a raiva se tornou outra situação, gerando outros pensamentos disfuncionais automáticos que geram mais raiva ou outra emoção mais conflitante.

Em outro exemplo, às vezes a pessoa fica mal com algo, e fala assim: “nossa”!, eu não posso nunca mais me sentir desa maneira, ou “nossa”!, será que eu nunca vou melhorar isso?

Ficar triste, nesses casos, é baseado na emoção e nas reações fisiológicas dela, ou baseado às vezes num comportamento que ela teve.

Tipo; ela, às vezes uma compulsão alimentar se ela tem aquele comportamento de comer a mais: “nossa”! Eu não consigo controlar meu comportamento.

Então, o comportamento virou como uma situação que levou o pensamento automático disfuncional, que levam então a uma emoção de tristeza.

De maneira, que aqui na teoria, difere da prática porque na sessão terapêutica esse tipo problema pode ser esclarecido na hora.

Sendo possível, dar a devolutiva para o(a) paciente com várias explicações até que entenda como o processo foi implantado no seu sistema e como ele (a) poderá tirá-lo de lá.

RESUMO

Como podemos ver, a terapia cognitivo comportamental tem suas vertentes de compreensão, sendo seus tratamentos baseados no comportamento inicial observado.

Claro, a avaliação, quando feita inicialmente, pode ajudar num tratamento eficaz.

Na Psiquiatria Dr Jefferson temos profissionais capacitados na arte de avaliar cada caso em separado.

Assim, propomos tratamentos eficazes, conforme o caso de cada paciente.

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Sobre a Psiquiatria Dr Jefferson

Postado originalmente no site da Psiquiatria Dr Jefferson

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